BLOG

A relação entre orientador e orientando

Conteúdo

Avalie!

Por que a relação entre orientador e orientando gera polêmicas?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre os problemas de orientação que podem atrapalhar o bom desenvolvimento de sua dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Esse post faz parte de uma série de textos que integram a construção de nosso raciocínio sobre o funcionamento de nossos cursos de mestrado. A fim de que você possa aproveitar ao máximo as dicas do seu orientador e ter uma boa relação com ele, reunimos algumas estratégias. Caso você se depare com alguns problemas, saberá como lidar com eles da melhor forma. Diante desse cenário, separamos alguns pontos importantes como a relação com os colegas, com os outros orientandos, o apoio no momento das bancas de qualificação e defesa, os prazos para o retorno, o grau de acompanhamento deste orientador e a importância de ter uma rotina de pesquisa, logo, de leitura e escrita.

A relação do seu orientador com os outros colegasA relação do seu orientador com os outros colegas

O primeiro ponto que você deve analisar é como o seu orientador se relaciona com outros colegas acadêmicos. Essa é uma questão que atinge a todas as pessoas, sejam elas acadêmicas ou não. Trata-se da união com pessoas que possuem interesses e objetivos semelhantes. A partir da análise da relação do seu professor orientador com aqueles que fazem parte do seu grupo de pesquisa é possível saber o que ele entende como pesquisa. Não podemos ser hipócritas. Há acadêmicos que é muito difícil estabelecer uma relação positiva. Embora esse seja um problema complexo, iremos apresentar algumas técnicas que podem lhe ajudar a driblar essa situação. A próxima dica está intimamente ligada com esta. Entender como o orientador se relaciona com os outros orientandos também pode lhe ajudar. Ter uma rede de contatos com essas pessoas pode lhe ajudar a compreender o modo de fazer pesquisa do grupo.

Atenção às dicas dos orientandos

Ter essa rede de contatos é interessante, pois você pode ter uma visão mais global da práxis desse orientador. Como temos destacado em nossos posts, uma mesma técnica de pesquisa pode ganhar nomes diversos. A partir do momento que você tem um grupo, consegue compreender melhor o que o orientador deseja que você faça. Criar um grupo e participar ativamente dele é uma boa estratégia para se adaptar. Diante disso, precisamos chamar a atenção para aqueles que culpam o orientador, mas, na verdade, eles são os próprios culpados pelos atrasos na pesquisa. Muitos tendem a se vitimizar e não querem compreender aquilo que o orientador está requerendo. Os problemas surgem por causa dessa vitimização constante. Tome cuidado. É estranho o fato desse orientador não ter problemas com os demais orientandos, apenas com um, em específico. Pode ser que você esteja criando o problema.

Problemas pessoais com o orientador

Problemas pessoais com o orientador

Muitas pessoas tendem a culpar o orientador sem ao menos investigar o porquê de uma demora. Há casos em que o orientador esteve seriamente doente e o aluno ao menos pensou em investigar antes de culpá-lo. O mesmo vale para outros problemas, como perdas na família e acidentes. A empatia é fundamental. Esse orientador é humano, logo, tem problemas reais, como todos nós. A estratégia mais eficaz é perguntar aos outros orientandos se eles sabem o que aconteceu com o orientador, sobretudo àqueles que são mais próximos. Se esse orientador é ativo nas orientações e do nada passa a ser ausente, com certeza aconteceu alguma coisa. Entenda o que está acontecendo antes de tomar certas decisões. Você conseguirá lidar com essa situação de uma forma melhor caso aja de forma conjunta. Além disso, analisar como esse professor reage nas bancas também é algo a ser considerado.

O apoio do professor-orientador na banca

O apoio do professor-orientador na banca

O acompanhamento da banca é de suma importância. Existem aqueles orientadores que participam ativamente de todo o processo pré e pós-banca. Desse modo, dificilmente a qualidade do trabalho será contestada pela banca, pois esse acompanhamento reflete em um bom trabalho. As cobranças, nesse processo, são fundamentais. Se elas forem atendidas, o trabalho ficará excepcional. No caso de apontamentos da banca, o próprio professor pode tomar partido e defender a ausência de certos capítulos, logo, de conceitos, métodos e afins. Porém, outros professores orientam de uma forma que propicia ao aluno uma maior autonomia. Caso o aluno não saiba fazer bom uso dessa autonomia, o trabalho poderá ser rechaçado ou não aprovado. O prazo para a reelaboração não é longo, em geral, de um mês. Tome cuidado para não ter que refazer todo o seu trabalho. Essas dicas podem lhe ajudar.

Aspectos decisivos da banca

Saber quem são as pessoas que irão compor a sua banca e o que entendem como pesquisa é de suma importância. Por exemplo, no caso das defesas de mestrado, os professores costumam ser da casa. Em regra, a banca é composta por dois professores da casa e um de fora. Estabelecer uma boa relação com essa banca, sobretudo com a pessoa de fora, é algo positivo. Se o seu professor lhe abandonar na banca, o acompanhamento por essa banca será decisivo no que toca à aprovação do trabalho na defesa. O próximo ponto está bastante ligado com essa situação. São os prazos para retorno. A orientação é um processo. Nem o professor sugere tudo o que precisa ser feito em uma única vez e nem o aluno realiza tudo o que precisa ser feito em uma única vez. É um processo de convívio e de construção do conhecimento. No mestrado, esse processo dura de um ano a um ano e meio. Se houver prorrogação, o prazo é maior.

Seja claro e honesto com o seu orientador

Como é uma relação de longa data, seja claro, coerente e honesto com o seu orientador acerca de todas as etapas da sua pesquisa. Conheça não apenas os prazos do seu programa, mas os do seu orientador também. Entenda como ele gosta de trabalhar. Suponhamos que, em uma segunda-feira, o seu orientador tenha lhe retornado com algumas observações e queira que você retorne em uma dia específico daquela mesma semana, respeite o prazo. Pode ser, ainda, que esse orientador prefira receber bastante conteúdo e analisar de uma vez. Já outros preferem por partes. Além disso, há aqueles que preferem textos mais objetivos e menos amplos. Entenda como esse orientador trabalha. Os prazos são essenciais e influenciam no grau de acompanhamento. Há orientadores que gostam de acompanhar cada detalhe da pesquisa. Cada tópico e subtópico será realizado por vez.

Os orientadores detalhistas

No caso de orientadores detalhistas, preferem que cada etapa seja feita por vez. Por exemplo, requer o tópico dos objetivos e apenas quando este for aprovado o aluno dá prosseguimento ao seu estudo. Outros orientadores, por sua vez, preferem que capítulos inteiros sejam realizados antes que ele analise, como, por exemplo, todo o capítulo de referencial teórico é analisado de uma só vez. São níveis de acompanhamento da pesquisa diferentes, mas cada um é muito importante, pois refletem o que o orientador entende como pesquisa. Devemos conhecer, também, a rotina desse orientador. Se ele é coordenador de curso, se participa e coordena um grupo de estudos, se está envolvido com projetos, se está escrevendo um livro etc., é uma pessoa que terá pouco tempo para lhe orientar. O percurso de pesquisa será mais livre e autônomo. Desse modo, terá que se adequar a sua rotina.

A importância da presença do professor

Durante todo o desenvolvimento da pesquisa, a presença do orientador é fundamental para que o estudo ganhe forma, porém, em algumas etapas, esse acompanhamento se torna ainda mais essencial. Quando há esse afastamento do orientador, não é indicado que você crie problemas com ele. Claro, existem pessoas que dificultam o desenvolvimento de uma boa relação, porém, é fundamental que aprendamos a lidar com essas pessoas, mesmo que as dificuldades sejam evidentes. Diante desse cenário, iremos apresentar algumas dicas que podem lhe ajudar a aproveitar da melhor forma essa orientação. Dentre elas, recomendamos que você grave todas as conversas, faça um dicionário pessoal com todas as palavras que o orientador ou o grupo utilizam e você desconhece, guardar os arquivos com as orientações, investigar os trabalhos orientados e perguntar como e quando acontecerá o retorno do estudo.

A gravação das conversas com o orientadorA gravação das conversas com o orientador

Não se sinta menos inteligente ou algo do tipo por não entender de primeira aquilo que o orientador está requerendo. É algo muito normal. É normal, ainda, não entendermos tudo o que o professor está recomendando. Isso é comum de acontecer, pois aqueles que nos orientam possuem anos de academia e de experiência, e, para eles, isso já é corriqueiro. Você, no mestrado, pode estar tendo o contato com a pesquisa científica pela primeira vez. As dúvidas são naturais. Esse mundo ainda é muito confuso e diferente, pois estamos nos adaptando. Gravar as reuniões para entender como esse universo funciona é essencial. Ouça essa gravação quantas vezes forem necessárias, pois essas orientações farão a diferença em seu texto. A partir delas, criar um dicionário pessoal é uma excelente estratégia.

Por que devo criar um dicionário pessoal?

A academia entende a pesquisa de diferentes formas, o que faz as dúvidas serem comuns. A fim de que você consiga se adaptar a esse novo contexto, conhecer esses nomes é muito importante. Compreender os termos que são empregados pelo orientador é algo decisivo à boa orientação. Para que o sentido desse termo seja compreendido, o dicionário é essencial. Termos como estado da arte, tema delimitado, corpus de pesquisa, referencial teórico, método de pesquisa e outros são muito corriqueiros. O mesmo vale para pedidos de revisão integrativa, sistematização da pesquisa e demais processos. Esses jargões atravessam todas as áreas e suas linhas de pesquisa. A própria compreensão do professor, da instituição, da área e da linha de pesquisa apontam para sentidos diferentes para um mesmo termo. A depender do tempo de academia do seu professor, certos jargões podem ter caído em desuso em outros contextos.

Os jargões de pesquisa

Professores com muito tempo de acadêmica estão acostumados com certos termos. Assim, pode ser que você conheça a técnica, mas por outro nome. Antes, era possível conhecer como funcionavam todas as linhas de pesquisa de todos os programas de pós-graduação do Brasil. Hoje, como vivemos na era da informação e da comunicação, esta realidade já não é mais possível. Temos, hoje, mais de sete mil programas, o que dificulta ter essa visão global da ciência brasileira como um todo. Para que consigamos colocar essas técnicas em prática, é preciso que conheçamos o contexto ao qual esse professor está se referindo. Saber de onde esse orientador vem, quem o orientou e qual é a sua linha de pensamento são aspectos essenciais a fim de que consigamos corresponder às suas expectativas. Também recomendamos que você guarde os arquivos com as orientações.

Guarde os arquivos com as orientaçõesGuarde os arquivos com as orientações

Há professores que enviam arquivos com as suas sugestões. Guarde todos eles. Mesmo no caso de reuniões, guarde todas as suas anotações. Elas serão úteis no futuro. Essas dicas irão lhe ajudar a visualizar todo o processo de orientação. Caso surja algum problema no meio do caminho, por meio dessas anotações, você conseguirá argumentar com esse professor. No caso de ter uma outra orientação, conseguirá mostrar ao novo orientador como a sua linha de pensamento foi construída. Investigar os trabalhos já finalizados e defendidos pelos orientandos também é algo bastante positivo. Análise como o conteúdo foi desenvolvido, como os métodos foram empregados e como os capítulos foram dispostos. O tamanho do trabalho, as exigências e o que foi cumprido são aspectos essenciais nessa análise.

Todos esses aspectos podem lhe ajudar a compreender o processo de pesquisa, o que é algo essencial, sobretudo se o seu orientador não possui o tempo devido para lhe explicar como costuma trabalhar. Também é imprescindível que você pergunte ao seu professor quando e como ele prefere que o retorno dos capítulos ou tópicos sejam feitos. Saber como esse professor prefere que a relação transcorra pode evitar uma série de problemas futuros, bem como frustrações. O cronograma também é um aspecto essencial. Estar sempre atento às datas e prazos, conversar com o professor sobre as exigências para as bancas de qualificação e de defesa e acertar um cronograma de envio e retorno com o seu orientador são práticas essenciais. Ter um começo, meio e fim para a pesquisa é de vital importância.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita

Confira também...