Aspectos que permeiam a cultura organizacional de um ambiente: por que a discussão sobre cultura ambiental é tão importante?
Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre um tema muito importante: a cultura de um ambiente, também conhecida como cultura organizacional. A cultura organizacional nada mais é do que um conjunto composto por valores, crenças e ações. Todos esses aspectos definem a forma como uma empresa irá conduzir o seu negócio. Para que a cultura organizacional seja bem compreendida, é preciso entendermos como a cultura funciona dentro da sociedade como um todo. A cultura é modelada pela história, pelos costumes, pelos sotaques e afins, de modo que tudo aquilo que aprendemos ao longo da convivência social com um grupo constrói essa cultura. Na empresa, a lógica é a mesma. A cultura da empresa atua como uma espécie de guia de comportamento e mentalidade para todos os colaboradores. As suas práticas, hábitos, comportamentos, políticas, crenças e princípios formam essa cultura.
Por que a discussão sobre a cultura organizacional é atual?
Entendemos que essa pauta é muito importante para o contexto atual que estamos vivendo. Entretanto, antes que nos aprofundamos um pouco mais no conceito geral relacionado à cultura organizacional, acreditamos que é muito importante que nos atentemos à etimologia dessa palavra. Ir até a raiz da questão é a melhor forma de a compreendermos com a devida profundidade e cuidado. A primeira coisa que deve ficar claro é que a cultura está relacionada a um conjunto de pressupostos, valores, crenças, princípios etc. O grupo no qual um sujeito está inserido irá o influenciar enquanto nele permanecer. É essa influência que irá construir o seu arcabouço cultural. Entendido esse conceito, podemos passar para a noção de organização. A organização está intimamente ligada a uma ordem, isto é, a algo que funciona de forma ordenada. A organização tem sido conceituada e pensada sobretudo pela administração.
A noção de organização na área da administração
A área da administração tem concebido a organização como um sistema que atribui certas ordens a serem seguidas pelos membros que integram essa organização. No contexto não empresarial, também temos organizações, pois cada grupo do qual participamos tem a sua forma de organização e funcionamento. Pensemos na igreja reformada de raiz. Ela tem uma organização específica. Dentre os membros, há os presbíteros, os pastores, os diáconos, a própria configuração do culto e os dias da semana em que certos tipos de celebrações serão feitas. Aos domingos, por exemplo, há as escolas dominicais. No que toca à execução do culto, há uma liturgia a ser lida naquele dia específico. Tudo isso aponta para uma certa ordem, e, dessa forma, a igreja é, sim, um sistema organizacional. Ela pode ser referenciada tanto como uma organização quanto como uma instituição.
Migrando de uma instituição para outra
Suponhamos que você queira migrar de uma igreja batista para uma presbiteriana, aqui entendidas como instituições. É preciso que você saiba que sairá de um dado tipo de organização e irá ingressar em outro, o que implica a necessidade de adaptação a esse novo meio. Temos, aqui, uma pessoa que frequenta uma igreja batista e, por motivos diversos, deseja se integrar a uma outra instituição, aqui, no caso, a presbiteriana. Existe uma assembleia que aciona um conselho para deliberar sobre esse desligamento (no caso de membros que possuem ligações mais explícitas com a igreja). Um documento que autoriza essa locomoção é a carta de transferência. Com isso, precisamos evidenciar que toda instituição possui as suas próprias regras. Essas regras, na verdade, dizem respeito às crenças dessa instituição, e, ainda, a sua própria forma de funcionamento. Estão ligadas, portanto, a um sistema que opera de forma sistematizada.
O sistema das instituições
São as especificidades do sistema de cada instituição que dão vida às diferenças entre instituições que, de certa forma, podem operar de uma forma parecida. Essas diferenças se dão, também, por causa da própria dinâmica do cérebro, uma vez que carregamos, dentro de nós, a competência para elencarmos essas diferenças e é justamente isso que faz com que, em certas vezes, tenhamos preconceito com aquilo que é diferente. Nascem, daí, as brigas e conflitos entre as instituições, pois, como são compostas por pessoas com mentalidades muito diferentes, é natural que essas diferenças de pontos de vista compunham o imaginário dessas instituições. Por outro lado, quando discutimos sobre as organizações no âmbito corporativo, isto é, empresarial, é preciso que levemos alguns aspectos em consideração. O primeiro deles é que esses espaços enquanto instituições possuem ordenamentos muito distintos e específicos.
A organização no cenário corporativo
Pensemos, nesse momento, em como são organizadas as instituições no cenário empresarial, sobretudo no que toca ao seu sistema. Quando pensamos nessas questões, é preciso que nos concentremos em como esses espaços funcionam, em quais são os seus valores e quais são as missões envolvidas, de forma automática, é preciso levar em consideração que todos esses aspectos são repassados por pessoas que compartilham de algo em comum. É esse algo em comum que constrói a cultura de uma empresa. Esse núcleo de pessoas, com as suas crenças, valores e princípios, atribui forma ao que será empreendido no dia a dia de uma instituição. As pessoas com as quais você sai, interage e se relaciona que o coloca em contato com outras culturas. Essas pessoas, com os seus posicionamentos, costumes, hábitos etc, influenciam as mais diversas dimensões da sua vida e você faz o mesmo com cada uma delas.
A influência da cultura organizacional na vida humana
É a cultura organizacional que fará com que você esteja em contato com uma perspectiva de vida. Essa cultura, portanto, possui um poder muito potente, pois ela não irá influenciar apenas aqueles que integram a instituição na qual essa cultura foi formada, mas todas as pessoas que têm contato com esses membros da empresa. Todo o pensamento e comportamento dos indivíduos ali inseridos. Nessa cultura organizacional, alguns aspectos constroem o imaginário da instituição, visto que nada mais é do que um conjunto de valores e princípios que dão forma a um pensamento, que, no caso, diz respeito ao pensamento, e, por consequência, ao comportamento da instituição e dos membros que dela fazem parte. Assim sendo, essas pessoas, querendo ou não, a partir do momento que aceitam fazer parte desse espaço, são influenciadas, dia a dia, por ele.
Compartilhando valores em um espaço
A partir do momento que integramos um espaço, passamos a compartilhar valores oriundos desse espaço em nossas relações e interações sociais. No dia a dia nessa empresa, a pessoa terá contato com os mais diversos tipos de conhecimento, sendo que esse conhecimento absorvido irá influenciar a sua postura, dentro e fora da empresa, visto que a ação dessa influência é muito mais ampla. Para que essa discussão fique mais fácil de ser compreendida, iremos utilizar o exemplo de uma empresa famosa no ramo automobilístico, a Honda. Durante muitos anos, a Honda operava a partir de um sistema específico. A fim de que um membro pudesse chegar à diretoria da empresa, entendia-se que precisaria passar por um processo evolutivo até que estivesse apto a exercer tal cargo. Entrava na empresa as pessoas que tinham como objetivo conhecer todos os pilares e ambientes da empresa.
Especificidades de uma instituição
A instituição pode ter especificidades, como a Honda, em que admitia-se pessoas que almejavam crescer de forma progressiva até chegarem aos mais altos cargos. Assim sendo, se as pessoas não tinham como objetivo crescer de forma progressiva nessa instituição, não eram consideradas como atrativas pela Honda. Todos os membros da diretoria teriam que ter, portanto, esse histórico de crescimento junto à empresa. Quanto mais tempo de casa essa pessoa tinha, isto é, quanto mais compartilhasse do valor da empresa, mais rápido subiria para o próximo degrau. O respeito e os ganhos advêm desse crescimento progressivo junto à organização. Esse é um exemplo de cultura seguido pela Honda, em que o crescimento é valorizado em detrimento de qualquer outra coisa. Quem permanece na instituição, então, compartilha dessa ideia, de que o crescimento gradual é essencial à carreira.
Comportamentos aceitáveis ou não em uma instituição
Em virtude da própria cultura organizacional, assim como de sua visão, missão e objetivos, alguns comportamentos não são aceitos por ferirem os preceitos dessa cultura. Podemos citar alguns exemplos que dão forma a essa cultura. A forma de vestir, de se comportar, de falar, de comer são práticas analisadas nos colaboradores de uma empresa. Assim sendo, essas empresas, de forma frequente, costumam premiar aqueles que se encaixam nessa cultura, tendo acesso a certos benefícios e vantagens. São as pessoas inseridas nessas instituições que deverão adaptar-se a essas exigências para que não firam a cultura instituída pela empresa da qual fazem parte. Novamente precisamos chamar a sua atenção para o fato de que cada organização possui uma cultura com pontos específicos ao seu contexto de atuação, não sendo, portanto, uma regra a ser seguida por todas as instituições do ramo.
A cultura organizacional em um ambiente familiar
Além da cultura organizacional ser essencial em uma empresa, ela não se restringe a esse contexto, visto que em nossa própria casa podemos instituir uma cultura a ser seguida por todos aqueles que moram ali e que convivem em um mesmo espaço. As pessoas que estão vivendo no mesmo espaço que você estão ligadas a um sistema específico, a uma ordem previamente formulada. São organizados de uma dada maneira em virtude da ação de um sistema de crenças. Se algum membro dessa família tende a não compactuar de uma crença desse sistema, a tendência é que ele se afaste dessa ordem, o que pode ocasionar na sua saída permanente deste espaço, visto que não se identifica com essa ordem. Nas igrejas também acontece a mesma coisa: você participa de uma igreja até o momento em que não mais se identifica com aquela perspectiva, o que culmina na sua migração para um outro espaço.
O rompimento dos laços em uma instituição
A partir do momento que você não se identifica mais com a ordem de uma dada instituição, acabará rompendo com essa ordem e irá se afastar, sendo esse processo bastante natural. Isso decorre do fato de que a cultura organizacional desse espaço em específico não tem muito a ver com a sua personalidade e com a sua perspectiva de vida, de modo que não faz mais sentido continuar ali. Entretanto, nem sempre esse desligamento ocorre de forma rápida e por vezes não pode ser rompido, visto que há pessoas que encontram-se em situações em que não podem se desvincular de um vínculo nesse momento específico. Contudo, o mais esperado é que os membros que integram uma instituição compartilhem de seus valores e princípios. As crenças, costumes, posicionamentos, dentre outros aspectos, além de serem compartilhados, são esperados naqueles que fazem parte desse contexto.
A adaptação das empresas novos contextos
Em todo esse cenário de mudanças que atinge a sociedade e todas as suas camadas, é muito natural que as crenças, valores, princípios e afins estejam sujeitos a todas essas mudanças. Esse contexto no qual estamos vivendo é comandado por uma geração específica, a Millennium. Desse modo, dificilmente as empresas que não se adaptam às expectativas e demandas dessa geração, não conseguem ser bem vindas no mercado. Assim sendo, uma pessoa de terno e gravata, hoje, a depender do contexto, não será bem-vinda. É uma geração que possui outros objetivos. Gostam de pessoas que falam de uma forma mais acessível e que estejam realmente interessados em seus problemas e demandas. As pessoas que integram esse meio compartilham de um valor em comum.
Essa geração espera que esses grandes empresários lidem com os seus colaboradores de uma dada forma, mais humana e atrelada ao cenário no qual vivemos, altamente tecnológico e que muda a cada dia, bem como que os valores e missões estejam atrelados a esse novo cenário em questão. Além disso, são pessoas com uma mentalidade mais liberal. Desse modo, as organizações mais tradicionais esbarram-se em alguns desafios. Contudo, em qualquer ambiente organizacional no cenário corporativo, ater-se a certas regras próprias esse meio não é algo que pode simplesmente ser negado, visto que é um ambiente que pede terno e gravata. A linguagem e a vestimenta precisam ater-se a tais regras. Entretanto, a depender do público da empresa, há uma certa flexibilidade.