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Como ser um pesquisador de sucesso – O que é a resiliência acadêmica – Aula três

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O que faz com que um pesquisador tenha sucesso em sua trajetória de pesquisa? A importância da resiliência acadêmica

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje continuaremos as nossas discussões sobre os elementos que podem fazer com que um pesquisador tenha sucesso em sua trajetória acadêmica. Desde a nossa primeira discussão temos chamado a sua atenção para o fato de que há certos elementos que podem impulsionar esse sucesso. Dentre eles, já conversamos sobre a importância do ato de acreditar e em nosso último post sobre a humildade e o quanto ela é essencial. Tão importante quanto essas duas pautas é o nosso assunto de hoje: a resiliência. A primeira coisa que precisamos destacar sobre essa palavra tão importante é o seu significado. Em linhas gerais, pode ser definida como a capacidade do indivíduo de lidar com diversos problemas que o afligem, de adaptar-se frente às diversas mudanças, de superar obstáculos e de resistir às pressões postas pelas mais diversas situações que nos afetam no dia a dia.

A importância de conscientizar e motivar

Embora esses últimos possam parecer destoantes dos demais por terem uma pegada diferente, entendemos que há uma série de variáveis que podem impulsionar ou retardar o seu sucesso. Assim sendo, entendemos que a partir do momento que a pessoa se encontra consciente acerca dos desafios que enfrentará nessa jornada, poderá lidar com os problemas de uma forma mais efetiva. Para isso, estar motivada é de suma importância para que a carreira comece a alavancar. Esses caminhos que estamos apresentando – o ato de acreditar, a humildade e, agora, a resiliência, são caminhos que você precisa galgar na pesquisa científica. Esse é o caminho para que você seja um pesquisador exemplar e para que as suas produções possam, de fato, contribuir para com a sociedade em que vivemos. São fatores que podem impulsionar o desenvolvimento de qualquer tipo de pesquisa, não apenas a científica.

Qual é a lógica do princípio da resiliência?

Agora que você já possui uma dimensão acerca do que vem a ser a resiliência, é preciso que aprendamos como exercitá-la. Entretanto, quando discutimos sobre a questão da resiliência, é preciso que chamemos para a discussão uma série de outros fatores. Há uma teoria que casa bem com o que estamos tentando demonstrar. Trata-se da lógica do Cisne Negro. No contexto acadêmico, a resiliência nada mais é do que a capacidade que possuímos para que passemos por certos níveis, dificuldades, e, claro, por novas descobertas. O termo resiliência advém de uma área muito importante, que é a Física. Pensemos em como funciona a esponja que utilizamos para lavar louça para refletirmos um pouco mais sobre a resiliência. Ao pegar uma esponja desse tipo, caso a mergulhemos na água, ela irá absorver e expelir o conteúdo quando a apertarmos. Ao soltar esse conteúdo, a esponja continua a mesma (a sua estrutura).

A resiliência no contexto da Física

Retomando o nosso exemplo da esponja de lavar louça, podemos apertá-la, torcê-la, esmagá-la e esticá-la que permanecerá da mesma forma. Assim sendo, podemos afirmar que esse fenômeno chamado resiliência irá fazer com que a esponja volte, sempre, ao seu estado original. O mesmo processo ocorre com os seres humanos. A psicologia é uma das áreas que trabalha bastante com a resiliência. Entende-se que uma mesma pessoa pode, ao longo de sua vida, passar por uma série de situações, mudar de ambiente, ter perdas (de pessoas e materiais), passar pelo processo de auto boicote, pode criar sinapses etc. Essa pessoa pode ou não ser resiliente. Ao agir de forma resiliente, independentemente da situação/problema que aflige essa pessoa, ao voltar ao seu lugar, consegue manter-se estável mesmo diante de tais estabilidades. Surge, daí, a necessidade de pensarmos na lógica do Cisne Negro.

A relevância da lógica do Cisne Negro na academia hoje

A teoria que estamos comentando agora é muito importante, pois é uma boa forma de pensarmos como age uma pessoa resiliente. Não é uma teoria tão recente, porém, acreditamos que ela não é tão disseminada, o que justifica a sua apresentação nesse post. Com essa teoria, queremos evidenciar, a você, que não apenas no âmbito acadêmico, ao desenvolvermos uma pesquisa científica, mas na vida como um todo, em suas dimensões, é crucial que aprendamos a agir de forma mais resiliente. Como é uma leitura um tanto quanto densa para pessoas que não são da área, julgamos pertinente trazermos algumas reflexões dessa teoria para esse post. A teoria é tão relevante hoje que diversas pesquisas, sobretudo da área da administração, têm sido desenvolvidas a partir de estratégias bastante interessantes. A primeira coisa que o teórico desta lógica nos coloca é que, diferentemente do que pensam, a resiliência não é a última fase.

A relação da resiliência com a teoria do Cisne Negro

Nessa teoria, entende-se que a resiliência não configura o estágio final no qual devemos chegar. A resiliência, nessa perspectiva, é responsável por fazer com que o sujeito retorne ao seu estado normal ao lidar com as mais diversas situações ao longo de sua vida. Contudo, precisamos frisar que, por meio da resiliência, a partir do momento que o sujeito consegue retornar ao seu estado normal ao lidar com as situações e problemas cotidianos, mais maduro ele será. Os resultados são bastante positivos. Além desse sujeito conseguir se adaptar de uma forma muito mais saudável aos ambientes, ao retornar para o seu estado normal, ele não seria mais “normal”, teria sido afetado por esse processo, logo, seria muito melhor e conseguiria lidar com os novos problemas/situações de uma forma muito mais saudável. A fim de que essa situação fique mais clara, iremos pensar a resiliência no contexto acadêmico.

Como a resiliência pode ser praticada na comunidade acadêmica?

Como a resiliência pode ser praticada na comunidade acadêmica?Como destacamos no início desse post, a resiliência é algo que deve ser manifestado em todas as esferas da nossa vida e não apenas na academia, ao desenvolvermos uma pesquisa. Assim sendo, devemos pontuar que, na pesquisa científica, é preciso que aprendamos a lidar com os problemas e situações adversas, pois, como tudo na vida, não há como prever o que irá acontecer, mas há como aprendermos a lidar com essas situações de uma forma muito mais produtiva e tranquila. Além dos problemas próprios à academia, uma série de outras questões podem nos afetar, como as políticas, as econômicas, as financeiras, as sociais e todas as outras que perpassam por dimensões diversas que regem a vida humana. Essas questões afetam todo e qualquer ser humano. O que os diferencia é a forma a partir da qual lidam com tais adversidades.

O que fazer quando nos deparamos com situações adversas?

O que fazer quando nos deparamos com situações adversas?Muitas pessoas acabam ficando paralisadas quando situações que fogem de sua rotina o afligem, não sendo diferente no contexto acadêmico, visto que não está isento de problemas. De acordo com a lógica que estamos apresentando, para que ajamos de forma resiliente ao lidarmos com os problemas, é preciso que adotemos novas posturas. Não permanecemos os mesmos quando permitimos agir de forma resiliente. Esse processo também se manifesta na escrita do seu trabalho. Ao desenvolvermos um trabalho científico, podemos acabar percebendo que o pensamento positivo influencia na condução desse estudo. A partir do momento que acreditamos em nossa capacidade, que estamos aptos a desenvolver esse trabalho, que somos humildes e que temos mente aberta frente a essas novas questões, um novo mundo de possibilidades se abre. As adaptações, em um certo momento, serão essenciais.

As adaptações na pesquisa científica

As adaptações na pesquisa científicaMuitos recaem na ilusão de que a pesquisa científica não passará por nenhum percalço e que tudo irá correr conforme o programado do início ao fim. Esse é um mito. Ao longo deste curso, pode ser que você tenha que trocar de orientador, em razão da evolução do seu trabalho e das leituras que foram feitas, o seu tema pode acabar mudando, e, com isso, o seu problema de pesquisa e os objetivos, você pode perceber que uma outra pessoa, em outro lugar do mundo, pode ter apresentado a resposta para a questão que se propôs a resolver, enfim, há uma série de variáveis que podem interferir no curso de sua pesquisa. Além disso, o fato de ter que entregar um trabalho de forma mais rápida também afeta o seu processo de produção. Pode ser que a sua pesquisa tenha que ser adaptada ao que tem sido desenvolvido em seu grupo de pesquisa e a falta de verbas também pode impedir o desenvolvimento do tema.

Que tipo de problema interfere no curso da pesquisa?

Que tipo de problema interfere no curso da pesquisa?Além dos fatores que apresentamos até agora, problemas pessoais e de saúde também podem impulsionar ou estagnar a sua pesquisa. Há problemas contemporâneos que podem afetar todo e qualquer tipo de pessoa, sobretudo os de ordem mental, como é o caso da ansiedade e da depressão. Assim sendo, precisamos ser honestos, desde o momento que iniciamos uma pesquisa uma série de percalços irão aparecer e temos que aprender a lidar com eles. Há aspectos variáveis e invariáveis que irão afetar diretamente a forma a partir da qual a sua pesquisa será desenvolvida. Com isso, precisamos refletir sobre como a resiliência pode fazer com que nós sejamos bons pesquisadores. A dica é: aprenda a aproveitar cada situação com a qual teve que lidar ao longo dessa pesquisa. Elas têm muito a dizer e a contribuir. Aprenda a olhar para essas situações com tranquilidade e ânimo, mesmo que não seja algo fácil.

Sejamos alunos da vida

A partir do momento que aceitamos que somos eternos alunos, é muito mais possível colocar a resiliência em prática. Quando retornamos para o nosso lugar depois de uma situação e lidamos com ela de forma resiliente, nesse retorno, não somos mais os mesmos. Tem-se, com isso, novos posicionamentos, conhecimentos e formas para que lidemos com essas situações adversas. Veja cada uma delas como uma lição que você aprendeu.  Assim sendo, quando algo der errado em sua pesquisa, não se vitimize, procure pelos motivos que podem ter feito com que ela “desse errado” e estabeleça estratégias para consertar esse problema. Por exemplo, o material que você estava esperando para realizar um teste não chegou. Não se desespere. Analise se não há uma outra forma a partir da qual a pesquisa possa ser desenvolvida e se esse teste não pode ser substituído por alguma outra estratégia que seja mais viável nesse momento.

Analisando as ferramentas que temos em mão

Quando algo dá errado, a melhor estratégia para sair desse tipo de situação em qualquer contexto de vida é analisar quais são as ferramentas que temos em mãos e como podem ser utilizadas a fim de que resolvemos esse problema. Por exemplo, há pesquisadores que perdem todos os seus testes e aqueles que, ao decorrer da pesquisa, percebem que as lâminas estavam com problema. Há, ainda, aqueles que estavam investigando um dado problema e, nesse percurso, perceberam que esse problema não era tão relevante quanto poderia para o contexto atual no qual estamos vivendo. Pode ser, ainda, que você se depare com estudos de autores que sequer haviam sido considerados antes e que agora são essenciais à discussão. A partir do momento que concebemos que tudo na vida é um aprendizado, uma sequência de aprendizados, lidar com essas experiências não será um processo tão doloroso.

Analise o que você pode absorver da situação adversa

Algo que pode agregar muito a sua vida é entender essa situação adversa a partir de uma forma ampla, pois, assim, você aprenderá muito com ela, inclusive formas de evitá-la. Contudo, é apenas por meio do aprendizado que sabemos o que devemos e não devemos fazer não apenas na pesquisa científica, mas na vida como um todo. Analise o que esse problema que acabou de enfrentar pode agregar a sua vida pessoal, profissional e acadêmica. Agindo dessa forma, além de ser uma pessoa resiliente, você conseguirá se tornar algo para além disso. Será, portanto, alguém melhor e será visto aos olhos de outros pesquisadores como um pesquisador de excelência. Fica aqui uma reflexão: a partir do momento que somos afetados por uma situação, ao retornarmos para o nosso lugar, não seremos mais os mesmos, pois teremos absorvido novas coisas. A sua disposição para aprender, o seu posicionamento são essenciais.

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