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Tecnologias Assistivas: As Dificuldades de Aprendizagem dos Alunos com Deficiência Visual e Baixa Visão

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CONTEÚDO

SOUSA, Gizele da Silveira [1], REIS SOUSA, Rosivaldo, CARVALHO, Elaine Cristina Leão  [2]

SOUSA, Gizele da Silveira; et.al. Tecnologias Assistivas: As Dificuldades de Aprendizagem dos Alunos com Deficiência Visual e Baixa Visão. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Vol. 16. pp 84-94. Março de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

O estudo denominado às dificuldades de aprendizagem dos alunos com Deficiência Visual e Baixa Visão, surgiu da eminente necessidade de se repensar as práticas de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a partir da vivência realizada durante o Estágio nas salas de recursos multifuncionais e sala regular, onde se constatou a ausência de práticas inovadoras por meio dos recursos tecnológicos. Partindo-se deste pressuposto, operacionalizou-se um pré-projeto, pensando numa melhor qualidade de ensino para os alunos com deficiência, no qual possibilite-os

Uma melhor interação entre a deficiência e o ambiente em que estão inseridos, reforçando a importância do uso de tecnologias Assistivas. Uma vez que, os educadores têm papel fundamental na mudança de conceitos e paradigmas existentes sobre a utilização desses recursos, contribuindo assim com as inovações metodológicas e educacionais. Nesta perspectiva, é importante que o educador propicie ao aluno condições e oportunidades de explorar seu potencial nas diferentes áreas do conhecimento e realizar sucessivas ações e reflexões, enfatizando a construção do conhecimento. O estudo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica com uma abordagem qualitativa, visando a implementação de políticas de AEE – Atendimento Educacional Especializado, que envolva a compreensão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva, em busca de novos conceitos e novas práticas, com a participação de todos que buscam uma escola acessível.

INTRODUÇÃO

O cenário educacional mostra a importância da Educação Especial nas salas de aulas regulares e nas salas multifuncionais, apresentando algumas discussões sobre as tecnologias assistivas no atendimento educacional especializado – AEE. No qual, Compreenda como acontece o processo educativo dos alunos especiais nos seus aspectos relevantes que organizam os recursos pedagógicos de acessibilidade, eliminando algumas barreiras no processo ensino e aprendizagem, considerando as necessidades específicas de cada aluno. “O homem, na sua essência, é um ser inacabado, num processo contínuo de vir a ser, mediado pelo acesso às interações sociais”. GADOTTI (1999).

Como área de recursos, as tecnologias assistivas, chegaram aos atendimentos educacionais especializados com uma grande preocupação de ajudar os alunos especiais no seu desenvolvimento psicomotor e cognitivo, para ampliar e possibilitar a execução das atividades necessárias. Favorecendo sua participação nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns nas escolas, com utilização dos recursos acessíveis a comunicação alternativa, a acessibilidade, ao computador, ao mobiliário entre outros.

Portanto, as tecnologias assistivas associadas à ideia de reabilitação era inicialmente vinculado à prática de profissionais da saúde. A mudança de entendimento sobre o que é a deficiência e especialmente o novo modelo biopsicossocial de compreendê-la como o resultado da interação do indivíduo, possui uma alteração de estrutura e funcionamento do corpo, com as barreiras que estão impostas ao meio em que vive.

Como área de recursos, as tecnologias assistivas, chegaram aos atendimentos educacionais especializados com uma grande preocupação de ajudar os alunos especiais no seu desenvolvimento psicomotor e cognitivo, para ampliar e possibilitar a execução das atividades necessárias. Favorecendo sua participação nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns nas escolas, com utilização dos recursos acessíveis a comunicação alternativa, a acessibilidade, ao computador, ao mobiliário entre outros.

Nesta perspectiva, não podemos mais fechar os olhos para a inclusão, fazendo de conta que não estamos vendo ou não queremos vê-la, a fim de sermos excluídos do processo, vendo apenas ela passar. É preciso urgente que se façam mudanças curriculares que contemplem a inclusão como um todo. E a escola deve ser o fio condutor desse processo durante as formações continuadas e pedagógicas, para que os alunos com necessidades especiais venham desfrutar de uma aprendizagem de qualidade no âmbito educacional.

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR

A educação inclusiva tem por princípio o reconhecimento e a valorização das diferenças humanas o que requer das escolas ambientes com condições de garantir acesso, participação, interação e autonomia para todos os alunos. Acolher as diferenças é fazer da escola um espaço em que ninguém se sinta excluído. Mas, um complemento à formação do aluno com deficiência, por meio do Atendimento educacional especializado – AEE, onde esses alunos possam ter efetiva participação nas atividades da educação.

A busca pela inclusão e os direitos das pessoas com deficiência estão sendo observados em muitos países inclusive no Brasil que caminha enfrentando grandes desafios, ligados a vários fatores. Exigindo a realização de um projeto educacional direcionado para a valorização da diversidade humana e necessariamente deve voltar-se a todos os alunados, já presentes em nossas escolas e para os que desejam ser incluídos. O atendimento especializado deverá ser complementar e sua oferta não desobrigará o aluno com deficiência a frequentar a escola comum. Este atendimento pode ser oferecido na própria escola ou em instituições especializadas. Segundo MANTOAN (2003).

Trata-se daquilo que é necessariamente diferente no ensino para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência, abrangendo principalmente instrumentos necessários à eliminação de barreiras que as pessoas com deficiência naturalmente têm para relacionar-se com o ambiente externo, como por exemplo: ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), do código braile, uso de recursos de informática, e outras ferramentas e linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas ditas regulares. (Inclusão escola: o que é? Por que? como fazer?

A política pública de inserção de pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida possui como o auxílio da Tecnologia Assistiva (TA), ou ajudas técnicas, estas que são extremamente relevantes, pois elas integram-se em diversas áreas do conhecimento, sendo elas a psicologia, arquitetura, engenharia, fisioterapia, pedagogia, e outras.

[…] No sentido amplo, o objeto da tecnologia Assistiva é uma ampla variedade de recursos destinados a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado, etc.) as pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes podem ser, por exemplo, uma cadeira de rodas (….), uma prótese, uma órtese, e uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho, elementos arquitetônicos e outras). (Fontes de informação sobre tecnologia assistiva para favorecer à inclusão escolar de alunos com deficiências físicas e múltiplas. LAUAND ( 2005, P. 30).

O Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil) apresentou a Pesquisa Nacional de Tecnologia Assistiva, possuindo a parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social (Secis), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) estes que se dedicam à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico no campo da acessibilidade e autonomia das pessoas com deficiência.

No artigo 8º, o que é acessibilidade, ajudas técnicas e desenho universal:

I – acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; […]. V – ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida; […]. IX – desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.

Completando essa fase de avanços realiza a inserção do Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais esta que gerou se de uma iniciativa do Ministério da Educação, apresentado pela Portaria nº 13 de 24 de abril de 2007, sendo incentivo para o Atendimento Educacional Especializado dentro das escolas do ensino regular (BRASIL, 2007b).

Disponibilizando para os dois tipos de salas que são: Tipo I e Tipo II.  O Tipo I são as Salas de Recursos Multifuncionais que estão constituídas de microcomputadores, monitores, fones de ouvido e microfones, scanner, impressora laser, teclado e colmeia, mouse e acionador de pressão, laptop, materiais e jogos pedagógicos acessíveis, software para comunicação alternativa, lupas manuais e lupa eletrônica, plano inclinado, mesas, cadeiras, armário, quadro melamínico. As de Tipo II construíssem dos recursos da sala Tipo I e outros recursos especificadamente direcionados para a realização do atendimento de discentes que apresentam cegueira, e são estes os recursos: a impressora Braille, máquina de datilografia Braille, reglete de mesa, punção, soroban, guia de assinatura, globo terrestre acessível, kit de desenho geométrico acessível, calculadora sonora, software para produção de desenhos gráficos e táteis.

O conceito de acessibilidade expandiu-se onde aliou-se ao compromisso de buscar e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas em geral. Devem atender algumas dimensões ligadas à acessibilidade a instituição escolar e a sociedade para que sejam inclusivas são elas a Arquitetônica: que elimina barreiras existentes nos ambientes físicos (internos e externos) da escola, incluindo o transporte escolar; e a Comunicacional: esta que transpõe obstáculos nos âmbitos da comunicação, considerada as formas (fala- da escrita, gestual, língua de sinais, digital, entre outras); a Metodológica: apresenta a facilitação do acesso ao conteúdo programático oferecido pelas instituições escolares, ampliando estratégias para ações na comunidade e na família, favorecendo assim a realização da inclusão; já a Instrumental: possibilita a execução da acessibilidade em todos os instrumentos, utensílios e equipamentos, utilizados nas instituições escolares, em atividades de vida diária, no lazer e recreação; a Programática: combate o preconceito e a discriminação em todas as normas, programas, legislação em geral que impeçam o acesso a recursos oferecidos pela sociedade, promovendo a inclusão e a equiparação de oportunidade; já a Atitudinal: extingue todos os tipos de atitudes preconceituosas estas que venham a tentar impedir o pleno desenvolvimento das potencialidades da pessoa com deficiência.  Segundo Monteiro (2010, p.7) as novas tecnologias direcionadas para as pessoas deficientes visuais estão em desenvolvimento e com grande crescimento em cada dia são elas.

Parte diversificada do currículo dos alunos com necessidades educacionais especiais, organizado institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. Dentre as atividades curriculares específicas desenvolvidas no atendimento educacional especializado em salas de recursos se destacam: o ensino da Libras, o sistema Braille e o Soroban, a comunicação alternativa, o enriquecimento curricular, dentre outros. GRIBOSKI (2006, p. 15).

Na Convenção de Direitos da Criança de 1988, na Declaração sobre Educação para todos de 1990 e na Declaração de Salamanca de 1994, possui como visão a inclusão social com a implantação de uma educação inclusiva. Todas as escolas devem acolher a todas as crianças, independentemente de suas condições pessoais, culturais ou sociais; crianças deficientes e superdotados/altas habilidades, crianças de rua, minorias étnicas, linguísticas ou culturais, de zonas desfavorecidas ou marginalizadas, o qual traça um desafio importante para os sistemas escolares. As escolas inclusivas representam um marco favorável para garantir a igualdade de oportunidades e a completa participação, contribuem para uma educação mais personalizada, fomentam a solidariedade- de entre todos os alunos e melhoram a relação custo-benefício de todo o sistema educacional”. Salamanca (1994).

Que pelo traçar de planejamentos das atividades, e analisá-las com fim adaptá-las as presentes necessidades de cada alunado de acordo com a infraestrutura e recursos disponíveis na escola e os educadores devem encontrar-se capacitados, mais que hoje em dia poucos ainda estão se capacitando, para que haja um ensino de qualidade, e utilização correto dos meios tecnológicos assistivos presentes na sala de AEE para que assim sejam trabalhados com os alunos com deficiência visual e baixa visão.

A IMPORTÂNCIA DA AEE PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL E BAIXA VISÃO

O presente trabalho procurou realizar uma reflexão em torno da questão dos meios tecnológicos presentes na sala do AEE e como esses recursos vêm sendo trabalhados com os alunos especiais. Foi utilizado à técnica de pesquisa, realizada em uma instituição escolar da cidade de Bragança-Pá, onde analisou-se que há a presença e utilização dos meios tecnológicos presentes na sala de AEE, mas o educador precisa se apropriar melhor do uso desses recursos, como: computadores com teclado convencional, órteses ou teclado especiais com comédia, expandidos e programáveis.

A pesquisa deu-se por meio de coleta de dados, entrevistas e observações. Para analisar e discutir a forma de utilização dos recursos tecnológicos, apresentando-se como facilitadores no processo de ensino-aprendizagem dos alunos com deficiência visual e baixa visão.

Portanto, o AEE faz uso da Tecnologia Assistiva e suas categorias direcionadas aos alunos com deficiência, visando à inclusão escolar, onde possibilita uma gama de serviços e recursos que auxiliam os alunos na resolução de suas tarefas funcionais diárias.

Os alunos com deficiência não são mais escolarizados em escolas especiais ou classes especiais. A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, sem substituí-los. Portanto, há muito a ser feito para que a educação especial na perspectiva da educação inclusiva possa ser compreendida e praticada nas redes de ensino. MANTOAN, (2004, p. 43).

A implementação de políticas de AEE envolve a compreensão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva, o estudo de novos
conceitos, a busca de novas práticas, a perseverança e a participação de todos que buscam uma escola.

No contexto da política educacional, o AEE é um serviço da educação especial e deve ser parte integrante do projeto pedagógico da escola comum. Ele constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, todavia, participam do AEE os alunos que dele necessitam. É também destinado aos alunos com deficiência que aprendam a utilizar materiais, equipamentos, sistemas, códigos, entre outros que proporcionam acesso, autonomia e independência.

O EDUCADOR FRENTE AO DESAFIO DA INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

O professor do AEE é o grande responsável em promover metodologias dinâmicas para que os alunos saiam da zona de comodismo e passe a se apropriar de conhecimentos, por meio de recursos didáticos, pedagógicos e de tecnologias Assistivas que auxiliem a aprendizagem a partir das necessidades específicas de cada aluno. No qual, o educador deve contemplar, em seu plano de ação, atividades que favoreçam a interação social e escolar dos alunos com deficiências. Pois, as tecnologias Assistivas possibilitam o trabalho com os conteúdos escolares de forma atrativa e lúdica.

Entretanto, é necessário que o educador da sala de AEE esteja em contato direto com o professor da sala regular, para que ambos trabalhem uma linha de conteúdo baseados na realidade do aluno, adequando os conteúdos com sua deficiência e respeitando sempre seus limites e potencialidades reforçando a relevância que se busca constituir de que todos fazemos parte de uma grande família no âmbito escolar, que se expande para fora dos muros das instituições escolares. Para Cortelazzo (2006, p.47) “o professor precisa, também, ser preparado para trabalhar em equipe, desenvolvendo atitudes de ação e de recepção, de comunicação, de produção de conhecimento e de divulgação e socialização de suas descobertas, de seu conhecimento e de seus saberes”. E assim poder realizar a construção de uma escola inclusiva onde ela assume uma posição de fortalecimento, crescimento, base e colaboração para a construção individual e coletiva de novos conhecimentos. Pois percebe-se a existência da necessidade da realização de capacitações em serviços focalizadas para as especificidades das deficiências, apresentando ênfase para a deficiência visual direcionadas para o encaminhamento e estrutura adequada de serviços. Para que assim possam dar e existir o apoio necessário que os docentes da educação precisam, com as implementações de políticas públicas eficientes que possibilitem a comunicação efetiva entre todos, os profissionais da educação especial e do ensino comum.

Para Gonzáles (2002), o professor deve assumir uma postura reflexiva.

Será necessário prestar uma maior atenção ao contexto social, político e cultural da escola, com a finalidade de fazer o professor em formação compreender que a tolerância e a flexibilidade, diante das diferenças individuais, sejam do tipo que forem, devem ser uma forma de comportamento habitual em sala de aula, fortalecendo uma formação capaz de enfrentar os desafios de uma educação pluralista. GONZÁLES (2002 p.247).

Portanto, a formação de docentes e profissionais capacitados para atuar com alunos especiais, será o alicerce fundamental para que a educação seja exclusivamente inclusiva, procurando ao máximo fazer com que os alunos desenvolvam suas potencialidades e desafios. No qual venham ser inseridos como cidadãos transformadores de uma sociedade injusta e preconceituosa.

Os educadores que atuam nas salas de AEE precisam ser sensíveis à realidade de seus alunos, dando a eles condições de aprendizagem. No qual venha, implementar estratégias de adaptação curricular, procedimento didáticos, pedagógicos e práticas alternativas, avaliando continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento das necessidades educacionais observadas nos alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer da pesquisa tivemos oportunidades de refletir sobre a utilização das tecnologias assistivas no atendimento educacional especializado (AEE), com deficientes visuais e baixa visão. Por meio das observações no campo da pesquisa, analisamos os subsídios que os professores utilizam para promover a inclusão dos alunos com a utilização das tecnologias assistivas, que subsidiam os alunos nas salas de aula do ensino regular e no atendimento educacional especializado AEE.

Sugerimos a leitura de textos base aos professores, com a finalidade de proporcionar o atendimento dos alunos com deficiência visual e baixa visão, a fim de ampliar suas potencialidades e enriquecer suas praticas pedagógicas. Nesse sentido cabe ressaltar algumas atitudes positivas importantes na reflexão sobre o processo educacional. Transmitir conhecimentos aos alunos sobre as metodologias das tecnologias assistivas, visando favorecer o atendimento do aluno com deficiência visual e baixa visão.

O atendimento educacional ofertado aos alunos com deficiência visual tem tido grandes avanços. Entretanto os serviços educacionais ainda se encontram distantes de promover a real inclusão do aluno deficiente visual com qualidade e equidade. Pois muitos professores não possuem capacitação, ou seja, formação continuada para trabalhar com as especificidades dos alunos com baixa visão e deficiência visual nas turmas regulares.

Portanto, precisa-se pensar a educação especial com um olhar critico constituído na vida coletiva do desenvolvimento de qualquer sujeito que esteja articulado com sua constituição orgânica, mas é fundado.

REFERÊNCIAS

_____. Ministério da Justiça. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre necessidades especiais. Brasília: CORDE, 1994.

ALVES, D. O. GOTTI, M. O.; GRIBOSKI, C. M. Sala de Recursos Multifuncionais: espaço para Atendimento Educacional Especializado. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial, 2006.

AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION, Report: augmentative and alternative communication, Asha 5, 1991, p.9-12.

BECK, F. L. A informática na educação especial: interatividade e representações sociais. In: Cadernos de Educação, FaE/PPGE/UFPel, n.º28, janeiro/junho, 2007. p.175-196. Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/fae/caduc/downloads/n28/artigo07.pdf>. Acesso em: 11/05/2011.

BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Coordenadoria Nacional para Integração de Pessoa Portadora de Deficiência. A Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada. Coordenação de Ana Paula Crosara Resende e Flávia Maria de Paiva Vital. Brasília, 2008.

_______, Decreto nº. 5.296 de 2 de dezembro de 2004 – DOU de 3/12/2004. ________, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/Seesp, 1994.

GONZÁLEZ, J.A.T. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002.

LAUAND, G. B. A. Fontes de informação sobre tecnologia assistiva para favorecer à inclusão escolar de alunos com deficiências físicas e múltiplas. São Carlos: 2005.224 f. Tese (Doutorado em Educação Especial) – Universidade Federal de São Carlos, Pro- grama de Pós-graduação em Educação Especial, São Carlos.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escola: o que é? por que? como fazer? São Paulo, 2003.

MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados. In: BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília, 2005.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ensaiospedagogicos.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2012.

MONTEIRO, E. C. de S. de A. O serviço de referência e a acessibilidade aos deficientes visuais. In: XVI Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias e II Seminário Internacional de Bibliotecas Digitais. UFRJ, Rio de Janeiro, 2010. p. 1-12. Disponível em: <http://www.sibi.ufrj.br/snbu/pdfs/orais//final_387.pdf>. Acesso em: 13/03/2011.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23ª Edição. São Paulo: Cortez, 2007.

[1]  Graduação em Pedagogia pela Faculdade Integrada Ipiranga (2013) e graduação em Matemática pela Universidade Federal do Pará – PARFOR (2011) em fase de conclusão.

[2] Mestre em Desenvolvimento em desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano (UNAMA), Possui graduação em Geografia , pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2007)Especialização em Sociologia e Educação Ambiental Universidade Estadual do Pará ,Licenciatura Plena em Pedagogia Universidade Federal do Pará(2015) , Especialização em Educação Especial e Inclusiva FPA (2015), Cursando Especialização em Neuropsicopedagogia (FPA).

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Gizele da Silveira Sousa

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