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Como conseguir uma Bolsa de Estudos para iniciação científica

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Como conseguir uma bolsa de estudos para iniciação científica

Você já pensou em seguir carreira acadêmica? É a melhor opção para quem gosta de trabalhar com pesquisa e produção científica, em qualquer área do conhecimento. A principal porta de entrada para esse meio é a iniciação científica.

Continue lendo para saber mais!

O que é a iniciação científica?

A iniciação científica é um programa voltado a alunos de graduação, que possibilita que eles participem de um projeto de pesquisa, com a orientação de um professor experiente que tenha vínculo com a instituição.

O objetivo da iniciação científica é despertar o interesse dos jovens estudantes na produção de ciência. O estudante pode tanto propor um projeto para ser desenvolvido quanto ingressar em um grupo de pesquisa já existente.

Como conta Pâmela Soares Teixeira , aluna do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária na UNIFOR-MG, “a participação no Programa de Iniciação Científica proporciona ao aluno um amadurecimento pessoal e intelectual, colaborando com o crescimento profissional. É na pesquisa que o aluno pode aprimorar os conceitos vistos na graduação, unindo teoria e prática. Aprende também a trabalhar em equipe, ter paciência, confrontar ideias, experimentar, indagar, buscar novos questionamentos. A participação em congressos, eventos, o contato com outros pesquisadores é engrandecedor e abre portas para o aluno”.

Para ingressar em um programa do tipo, o aluno interessado deve obter informações juntamente à instituição em que estuda, já que o processo é diferente em cada uma – mas, no geral, o primeiro passo é procurar um professor para ser seu orientador e indicar o que é necessário fazer.

De acordo com dados da Universidade de São Paulo (USP), os alunos que fazem iniciação científica têm 2,2 vezes mais chance de completar o mestrado e 1,5 vez mais chance de terminar o doutorado do que os alunos que não optam por ela. Esses números mostram o papel fundamental que a iniciação tem de aproximar, familiarizar e habituar os estudantes de graduação nos trâmites próprios da pesquisa científica, que por vezes podem ser bastante burocráticos.

Como funciona a iniciação científica?

Em geral, o primeiro passo é informar-se na sua faculdade sobre o procedimento para entrar oficialmente em algum projeto de iniciação científica. O interessado deve, então, procurar um professor que possa orientá-lo, para decidir se irá sugerir um projeto de pesquisa próprio, ou se irá ingressar em um grupo de pesquisa já estabelecido.

As atividades da iniciação científica são realizadas em paralelo às atividades acadêmicas normais, fora do período de aulas. Os programas podem ter a partir de 6 meses de duração, a depender da universidade: em algumas, pode ser estendido a 2 anos ou mais.

Nesse período, com o apoio do professor orientador, o aluno aprenderá a fazer uma pesquisa científica com método. O resultado dessa pesquisa será o desenvolvimento de artigos e publicações, que podem ser apresentados em congressos, seminários e conferências.

Na USP, por exemplo, os estudantes que fazem iniciação científica devem entregar a cada 6 meses um relatório parcial de atividades. Ao fim da iniciação, a universidade também exige a entrega de um relatório final completo, e a apresentação do trabalho no simpósio internacional de iniciação científica e tecnológica da instituição.

Como conseguir uma bolsa para iniciação científica?

No geral, há três grandes opções para quem deseja obter uma bolsa para a iniciação científica.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão federal de incentivo à pesquisa, oferece bolsas de iniciação científica por meio do cadastro em editais próprios. O estudante deve submeter seu projeto à avaliação do órgão, por meio dos requisitos e exigências explicadas em cada edital, para concorrer à bolsa. Todo o processo é feito com o acompanhamento do professor. As bolsas selecionadas, no geral, têm valor de R$ 400.

Há também as Fundações de Amparo à Pesquisa, vinculadas às Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Inovação de cada estado. O estudante que mora em São Paulo conta com a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o estudante do Rio de Janeiro conta com a FAPERJ, o de Minas Gerais com a FAPEMIG, e assim por diante. Na FAPESP, a bolsa é de R$ 695,70. O processo de seleção é por meio de editais.

Há também a possibilidade de obter uma bolsa de iniciação científica por meio dos programas da própria instituição de ensino, que financiam as bolsas com investimento próprio. Nesse caso, cada faculdade define seus critérios de seleção e a quantidade de incentivos que serão distribuídos.

Cortes na ciência brasileira

As notícias para quem quer seguir carreira acadêmica não têm sido as melhores. Em agosto, o CNPq anunciou o corte de 4.500 bolsas de graduação e pós.

Poucos dias depois, mais um corte: a Capes anunciou a suspensão de mais 5.600 bolsas, atingindo no total 11 mil cancelamentos.

Os cortes são de extrema preocupação para a comunidade científica no Brasil, pois as bolsas de fomento são as principais fontes de renda para os pesquisadores. Uma estimativa da USP aponta mais de 5,6 mil cientistas atingidos com os cortes, o que gera um cenário de desestímulo para futuros pesquisadores, colocando em risco a produção nacional.

Conteúdo produzido em parceria com o Quero Bolsa.

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